Hoje eu gostaria de prestar uma solidariedade às vítimas da tragédia que se abateu na região serrana do Rio de Janeiro. Só em Nova Friburgo, que já foi considerada a Suíça Brasileira, foram 335 mortos até agora. Estima-se que ao todo, o número de mortos possa passar de 1000, sem mencionar o número de desabrigados. É impressionante como todo ano ocorrem tragédias relacionadas com chuvas, enchentes e tempestades, e muito pouco é feito. Não existe uma política séria de remoção das pessoas vivendo em áreas de risco e tampouco sistemas de alarmes de tempestades como nos países sérios. Eu costumo dizer que existem duas formas de aprendizado na vida: ou por amor ou pela dor. Infelizmente, o ser humano tem uma tendência maior de aprender pela dor. Eu sinceramente espero que a morte dessas pessoas não tenha sido em vão e que daqui para frente políticas sérias sejam tomadas para evitar que tragédias como essa ocorram novamente.
Como parte neste cenário de tragédia, o Sítio Poço Fundo, localizado em São José do Vale do Rio Preto na região serrana do Rio de Janeiro, onde o maestro soberano Tom Jobim passava férias de verão e compôs várias músicas, inclusive Águas de Março, Dindi, Matita Perê, entre outras, foi completamente destruído em duas horas.
Sítio Poço Fundo antes da Tragédia |
Sítio Poço Fundo depois da Tragédia |
Como uma homenagem às vítimas desta tragédia, gostaria de dedicar a música Águas de Março do Tom Jobim cantada em Hebraico, mostrando que uma obra-prima não depende de língua, nação, e que é atemporal. Que essa música traga esperança para as vítimas da tragédia e a certeza de que o sol sempre brilha depois da tempestade, renovando a fé em dias melhores no futuro.
Segue o link da música: http://www.youtube.com/watch?v=JDFYi_UYsKg